terça-feira, junho 26, 2007

Mais de mil pessoas ocupam área onde o exército iniciou projeto de transposição


Cerca de 1200 pessoas ocuparam e estão acampadas, desde o início da madrugada de hoje (26), em Cabrobó (PE), na área em que os batalhões de engenharia do exército deram início à construção dos canais de aproximação do eixo norte, do projeto do governo federal de transposição das águas do rio São Francisco. A ação deve servir para impedir o avanço das obras e para a retomada do território pelo povo indígena Truká, que reivindica a posse da terra.
No manifesto que divulgaram hoje, os acampados se unem aos indígenas do Nordeste na retomada da terra onde começaram as obras e que é parte do território Truká, ainda que tenha sido deixada de fora da demarcação da terra deste povo.

Erro Histórico
Feito em época de São João, o acampamento ressalta a riqueza do nordeste e do semi-árido, aponta os interesses de empresas de construção que se repetem em mais esta obra e reafirma que a solução é conviver com o semi-árido. "Ao optar por obra contra a seca e não a favor do semi-árido e sua dinâmica sócio-ambiental, o governo erra mais uma vez, como tem acontecido historicamente. A proposta de conviver com o semi-árido – esperava-se desse governo – sepultaria a política e a indústria do combate à seca e consolidaria a política do aproveitamento do chuvoso, pois é neste e não na seca que se decide a vida do sertão e do sertanejo", diz o manifesto.

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